segunda-feira, setembro 08, 2014

Não apagueis o Espírito Santo


INTRODUÇÃO- O Espírito Santo é o bem mais precioso que a Igreja possui aqui na Terra. Jesus prometeu enviá-Lo logo após a sua ascensão ao céu (Jo 14.26; 16.7-14), e isso ocorreu no dia de pentecoste e a partir daquele dia a Igreja não foi mais a mesma. Existem hoje muitas igrejas prósperas materialmente falando, com suntuosos templos, patrimônios e etc. Mas nada disso pode substituir a presença maravilhosa do Espírito Santo. Infelizmente, notamos que em muitos lugares já não se percebe nitidamente a sua presença, isto devido a alguns erros que cometemos contra a sua pessoa provocando assim o e seu afastamento como aconteceu na véspera do dilúvio, com Saul, Sansão, Davi e muitos outros. Citaremos a seguir os principais erros que podemos cometer contra a pessoa do Espírito Santo:


A)    Não crer ou negar a existência do Espírito Santo, antes disto  alguns aspectos precisam ser considerados se não houvesse o Espírito Santo:

•    Não haveria Deus, porque ‘“Deus é Espírito” Jo 4.24
•    Não haveria nada, porque tudo foi criado pelo “mover’ do Espírito Gn 1.2
•    Não haveria o homem, porque este existe e subsiste pelo “fôlego de Deus’ Gn 2.7
•    Não haveria Bíblia e nem a Palavra de Deus II Pe 1.21
•    Não haveria Jesus, pois Ele foi gerado pelo Espírito Santo Mt. 20; Lc 1.35
•    Não haveria salvação para ninguém Mt 1.21; Jo 3.5
•    Não haveria ressurreição de salvos nem vida eterna Rm 8.11

b)    Entristecer Is 63.10; Ef 4.30
c)    Mentir ao Espírito Santo At 5.3
d)    Blasfemar contra o Espírito Santo Mt 12.31-32
e)    Apagar ou extinguir o Espírito Santo, que é o tema desta mensagem, I Tess 5.19.

Veremos a seguir sete razões porque não devemos apagar o Espírito Santo

1-    PERDEMOS A NOÇÃO DO PECADO 

Jo 16.8- E, quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.

2-    PERDEMOS A DIREÇÃO DE DEUS

Jo 16.13- ‘Mas, quando vier aquele Espírito da Verdade, Ele vos guiará em toda a verdade “...
•    Ele guia controlando o movimento dos crentes e da Igreja At 10.19-20
•    Ele guia orientando nas escolhas dos obreiros At 13.1
•    Ele direciona onde a Igreja deve atuar At 16.6

3-    FICAMOS SEM O ENSINO GENUÍNO

Jo 14.26- Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.

Ne 9.20- E deste o teu bom Espírito para ensinar; e teu maná não retiraste da sua boca; e água lhes deste na sua sede.
I Co 2.13- mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.

I Jo 2.27- E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis.

“ELE É O MESTRE DA IGREJA”

4-    FICAMOS SEM VIDA ESPIRITUAL E NÃO COMPREENDEMOS AS COIS DE DEUS (I Co 2.13-16)

Jo 6.63- O Espírito é o que vivifica a carne para nada aproveita. As palavras que vos disse são espírito e vida.

Rm 8.11- E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita.

II Co 3.6- o qual nos fez também capazes de serem ministros dum Novo Testamento não da letra, mas do Espírito. Porque a letra mata, e o Espírito vivifica.

5-    PERDEMOS A CERTEZA DE QUE ESTAMOS EM DEUS

Rm 8.16- O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.

I Jo 3.24- E aquele que guarda os seus mandamentos nele está, e ele nele. E nisto conhecemos que ele está em nós: pelo Espírito que nos tem dado.

I Jo 4.13- Nisto conhecemos que e estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito.

6-    PERDEMOS O PODER PARA O TRABALHO ESPIRITUAL

At 1.8- Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós. E ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

Mq 3.8- Mas, decerto, eu sou cheio da força do Espírito do Senhor e ceio de juízo e de ânimo, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado.

At 4.33- E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles haviam abundante graça.

7-    A IGREJA PERDE A BELEZA DOS DONS ESPIRITUAIS

I Co 12.7-11- Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pele mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos. E a outro, a variedade de línguas. E a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. Nas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.

Conclusão: Devemos a cada dia orar como Davi: “não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo” Sl 51.11

domingo, junho 15, 2014

Atalaia - Shekinah - Ebenézer



Vigiando, Adorando e Vencendo

*********************************************************************************************************
1 Samuel 7.12
Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem e lhe chamou EBENÉZER, e disse: “Até aqui nos ajudou o Senhor



Israel, nação eleita de Deus, sofreu muitas derrotas por perder o foco – o propósito, o objetivo maior como servos do Eterno; Dentre tantas desgraças sofridas, a desobediência a Deus lhes rendeu a perda da arca da aliança! A arca era até aqueles tempos instrumento de comunicação da shekinah (presença) de Deus. Quando Deus se manifestava, uma fumaça cobria o templo; ali havia uma reprodução da glória celeste. Olhando-a no momento da manifestação divina via-se o que Isaías tinha visto na sua visão de chamamento (Isaías 6).
A arca nas guerras era a garantia de vitória sem muito esforço; E quando a dispensavam, acreditando em suas próprias forças, eram vencidos. Nenhum homem inteligente tira Deus de sua vida. Estando com Deus, claro, iremos às guerras, mas com Ele sempre gozamos de um final feliz. Sem Deus, a perda é desastrosa.
E se a arca se for? Os hebreus viveram oprimidos quando os filisteus a levaram. E isso aconteceu por causa do pecado do povo, que os deixou vulneráveis a ataques. É o que o pecado faz na vida do cristão. É preciso vigiar, senão, o inimigo levará a shekinah de sua vida.
Renovando votos. Existem momentos em nossas vidas, que devemos renovar nossos votos com o Senhor, nos arrependendo de nossas falhas e nos voltando para Ele; Isso acontece com arrependimento: “Samuel falou ao povo: se é de todo coração que voltais ao Senhor, tirai dentre vós os deuses estranhos e os astarotes, e preparai o coração ao Senhor, e servi a Ele só, e Ele vos livrará das mãos dos filisteus” (1 Samuel 7.3)
Hora de ir à Mispa. Mispa significa atalaia (lugar de vigilância). O povo de Deus após arrepender-se e tirar o pecado é conduzido Mispa, a zelar por uma vida despojada de toda idolatria e outros pecados contra Deus.
Retaliação na vida de um adorador: é o que acontece quando estamos determinados a colocar nossas vidas integralmente na presença do Altíssimo. O diabo fica furioso. “Quando os filisteus souberam que estavam todos invocando ao Senhor em Mispa, foram contra eles...” (1 Samuel 7.7) pois sabiam do perigo ali representado. Uma vida espiritualmente estática pode deixar o inimigo satisfeito. Situações como tais estão bem explicadas aos recém convertidos por seus líderes, mas mesmo assim, poderemos temer, o que é uma reação natural. Quando Israel começou a invocar a shekinah de Deus, os inimigos subiram até Mispa para os impedir e o povo temeu. O que fazer? Decidiram continuar invocando e ofertando ao Senhor (1 Samuel 7.8). Naquele dia, enquanto cultuavam; o Senhor trovejou sobre os inimigos, fazendo dos hebreus mais uma vez, vitoriosos. Adore!
É impossível vencer quem vive na presença de Deus: Os filisteus sabiam disso, e tentaram impedir que o povo adorasse outra vez. Se você deseja restabelecer sua comunhão com Deus é preciso recomeçar bem. Somente em Mispa é possível. Somente na torre de vigilância. As perdas e derrotas do povo foram por causa da falta de vigilância. Mas quando deram conta do que necessitavam para vencer outra vez, voltaram para Deus com todas as forças e se tornaram invencíveis.
Jesus é a pedra que ajuda. Ebenézer significa 'pedra que ajuda'; esse foi o nome dado ao marco da vitória. Uma grande pedra foi erguida para que todos vissem que Deus os havia feito vencedores. E o melhor, “os filisteus foram abatidos e nunca mais voltaram ao território de Israel” (1 Samuel 7.13). Quando o inimigo tentar te assustar, lembre-se que Cristo venceu e que lhe fez mais que vencedor.
Deus quer te encontrar em Mispa para que você veja sua Shekinah e diga: Ebenézer!


Pr. Jeffson M de Almeida

quinta-feira, abril 17, 2014

LIÇÃO 03 – DONS DE REVELAÇÃO






TEXTO ÁUREO
"Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação" (1 Co 14.26).



VERDADE PRÁTICA
Os dons de revelação divina são indispensáveis à igreja da atualidade, pois vivemos em um tempo marcado pelo engano




INTRODUÇÃO
O teólogo pentecostal Stanley Horton afirma que "a maioria dos estudiosos classifica os dons de 1 Coríntios 12.8-10 em três categorias: revelação, poder e expressão, [tendo] três dons em cada categoria". Na lição desta semana estudaremos a respeito dos dons da "primeira categoria": os de revelação. Estes são concedidos aos servos de Deus para o aconselhamento e orientação da Igreja do Senhor.    

I - PALAVRA DA SABEDORIA


1. Conceito. O termo palavra exprime uma manifestação verbal ou escrita. Segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss, sabedoria significa "discernimento inspirado nas coisas sobrenaturais e humanas". A sabedoria abordada pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios 12.8a refere-se a uma capacitação divina sobrenatural para tomada de decisões sábias e em circunstâncias extremas e difíceis. De acordo com Estêvam Ângelo de Souza, "a palavra da sabedoria é a sabedoria de Deus, ou, mais especificamente, um fragmento da sabedoria divina, que nos é dada por meios sobrenaturais".

2. A Bíblia e a palavra de sabedoria. Embora na Antiga Aliança os dons espirituais não fossem plena e claramente evidenciados como na Nova, alguns episódios do Antigo Testamento vislumbram o quanto Deus conferia aos homens sabedoria do alto para executar tarefas ou tomar decisões. Um exemplo disso é a revelação e a interpretação dos sonhos de Faraó através de José, o filho de Jacó (Gn 41.14-41). Ele não apenas interpretou os sonhos de Faraó, mas trouxe orientações sábias para que o Egito se preparasse para o período de fome que estava para vir. A habilidade do rei Salomão em resolver causas complexas, igualmente, é um admirável exemplo de dom da sabedoria no Antigo Testamento (1 Rs 3.16-28; 4.29-34). 

Em o Novo Testamento podemos tomar como exemplo de palavra da sabedoria a exposição da Escritura realizada pelo diácono e primeiro mártir cristão, Estevão. O livro de Atos conta-nos que os sábios da sinagoga, chamada dos Libertos, "não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava" (At 6.9,10).

3. Uma liderança sábia. A palavra de sabedoria é de grande valor na tarefa do aconselhamento pessoal e em situações que demandam uma orientação no exercício do ministério pastoral. Entretanto, tenhamos cuidado para não confundir a manifestação desse dom com o nosso desejo pessoal. Lembremo-nos de que Deus manifesta os dons em nossas vidas segundo o conselho da sua sabedoria, não da nossa. Tenhamos maturidade e cuidado no uso dos dons!



II - PALAVRA DA CIÊNCIA


1. O que é? Este dom muito se relaciona ao ensino das verdades da Palavra de Deus, fruto do resultado da iluminação do Espírito acerca das revelações dos mistérios de Deus conforme aborda Stanley Horton, em sua Teologia Sistemática (CPAD). Este dom também se relaciona à capacidade sobrenatural concedida pelo Espírito Santo ao crente para este conhecer fatos e circunstâncias ocultas.

2. Sua função. O dom da palavra da ciência não visa servir a propósitos triviais, como o de descobrir o significado dos tecidos do Tabernáculo ou a identidade da mulher de Caim, etc. Isto é mera curiosidade humana, e o dom de Deus não foi dado para satisfazê-la. A manifestação sobrenatural deste dom tem a finalidade de preservar a vida da igreja, livrando-a de qualquer engano ou artimanha do maligno.  

3. Exemplos bíblicos da palavra da ciência. Ao profeta Eliseu foram revelados os planos de guerra do rei da Síria. Quando o rei sírio pensou em atacar o exército de Israel, surpreendendo-o em determinado lugar, o profeta alertou o rei de Israel sobre os planos inimigos (2 Rs 6.8-12). Outro exemplo foi a revelação de Daniel acerca do sonho de Nabucodonosor, quando Deus descortinou a história dos grandes impérios mundiais ao profeta (Dn 2.2,3; 17-19). Em o Novo Testamento, esse dom foi manifesto quando o apóstolo Pedro desmascarou a mentira de Ananias e Safira (At 5.1-11). O dom da palavra da ciência não é adivinhação, mas conhecimento, concedido sobrenaturalmente, da parte de Deus.




III - DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS


1. O dom de discernir os espíritos.  É uma capacidade sobrenatural dada por Deus ao crente para discernir a origem e a natureza das manifestações espirituais. De acordo com o termo grego diakrisis, a palavra discernir significa "julgar através de"; "distinguir". Ela denota o sentido de "se penetrar da superfície, desmascarando e descobrindo a verdadeira fonte dos motivos". Stanley Horton afirma que este dom "envolve uma percepção capaz de distinguir espíritos, cuja preocupação é proteger-nos dos ataques de Satanás e dos espíritos malignos" (cf. 1 Jo 4.1).



2. As fontes das manifestações espirituais. Ao longo das Escrituras podemos destacar três origens das manifestações espirituais no mundo: Deus, o homem e o Diabo. Uma profecia, por exemplo, pode ser fruto da ordem divina ou da mente humana ou ainda de origem maligna. Como saber? Aqui, o dom de discernir os espíritos tem o papel essencial de preservar a saúde espiritual da congregação. Segundo nos ensina o pastor Estêvam Ângelo, o "discernimento de espíritos não é habilidade para descobrir as faltas alheias". O dom não é uma permissão para julgar a vida dos outros.

3. Discernindo as manifestações espirituais. A Palavra de Deus nos ensina que os espíritos devem ser provados (1 Jo 4.1). Toda palavra que ouvimos em nome de Deus deve passar pelo crivo das Sagradas Escrituras, pois o Senhor Jesus nos advertiu sobre os falsos profetas. Ele ensinou-nos que os falsos profetas são conhecidos pelos "frutos que produzem", isto é, pelo caráter (Mt 7.15-20). Jesus conhece o segredo do coração humano, mas nós não, e por isso precisamos do Espírito Santo para revelar-nos a verdadeira motivação daqueles que falam em nome do Senhor. O apóstolo João nos advertiu acerca do "espírito do antricristo" que já opera neste mundo (1 Jo 4.3).






CONCLUSÃO



A Igreja de Jesus necessita dos dons de revelação para discernir entre o certo e o errado, entre o legítimo e o falso. Os falaciosos ensinos e as manifestações malignas podem ser desmascarados pelo dom do discernimento dos espíritos. Que Deus conceda à sua igreja dons de revelação para não cairmos nas astutas ciladas do Maligno.
LIÇÃO 03 – DONS DE REVELAÇÃO





TEXTO ÁUREO
"Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação" (1 Co 14.26).



VERDADE PRÁTICA
Os dons de revelação divina são indispensáveis à igreja da atualidade, pois vivemos em um tempo marcado pelo engano




INTRODUÇÃO
O teólogo pentecostal Stanley Horton afirma que "a maioria dos estudiosos classifica os dons de 1 Coríntios 12.8-10 em três categorias: revelação, poder e expressão, [tendo] três dons em cada categoria". Na lição desta semana estudaremos a respeito dos dons da "primeira categoria": os de revelação. Estes são concedidos aos servos de Deus para o aconselhamento e orientação da Igreja do Senhor.    





I - PALAVRA DA SABEDORIA


1. Conceito. O termo palavra exprime uma manifestação verbal ou escrita. Segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss, sabedoria significa "discernimento inspirado nas coisas sobrenaturais e humanas". A sabedoria abordada pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios 12.8a refere-se a uma capacitação divina sobrenatural para tomada de decisões sábias e em circunstâncias extremas e difíceis. De acordo com Estêvam Ângelo de Souza, "a palavra da sabedoria é a sabedoria de Deus, ou, mais especificamente, um fragmento da sabedoria divina, que nos é dada por meios sobrenaturais".

2. A Bíblia e a palavra de sabedoria. Embora na Antiga Aliança os dons espirituais não fossem plena e claramente evidenciados como na Nova, alguns episódios do Antigo Testamento vislumbram o quanto Deus conferia aos homens sabedoria do alto para executar tarefas ou tomar decisões. Um exemplo disso é a revelação e a interpretação dos sonhos de Faraó através de José, o filho de Jacó (Gn 41.14-41). Ele não apenas interpretou os sonhos de Faraó, mas trouxe orientações sábias para que o Egito se preparasse para o período de fome que estava para vir. A habilidade do rei Salomão em resolver causas complexas, igualmente, é um admirável exemplo de dom da sabedoria no Antigo Testamento (1 Rs 3.16-28; 4.29-34). 

Em o Novo Testamento podemos tomar como exemplo de palavra da sabedoria a exposição da Escritura realizada pelo diácono e primeiro mártir cristão, Estevão. O livro de Atos conta-nos que os sábios da sinagoga, chamada dos Libertos, "não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava" (At 6.9,10).

3. Uma liderança sábia. A palavra de sabedoria é de grande valor na tarefa do aconselhamento pessoal e em situações que demandam uma orientação no exercício do ministério pastoral. Entretanto, tenhamos cuidado para não confundir a manifestação desse dom com o nosso desejo pessoal. Lembremo-nos de que Deus manifesta os dons em nossas vidas segundo o conselho da sua sabedoria, não da nossa. Tenhamos maturidade e cuidado no uso dos dons!









II - PALAVRA DA CIÊNCIA


1. O que é? Este dom muito se relaciona ao ensino das verdades da Palavra de Deus, fruto do resultado da iluminação do Espírito acerca das revelações dos mistérios de Deus conforme aborda Stanley Horton, em sua Teologia Sistemática (CPAD). Este dom também se relaciona à capacidade sobrenatural concedida pelo Espírito Santo ao crente para este conhecer fatos e circunstâncias ocultas.

2. Sua função. O dom da palavra da ciência não visa servir a propósitos triviais, como o de descobrir o significado dos tecidos do Tabernáculo ou a identidade da mulher de Caim, etc. Isto é mera curiosidade humana, e o dom de Deus não foi dado para satisfazê-la. A manifestação sobrenatural deste dom tem a finalidade de preservar a vida da igreja, livrando-a de qualquer engano ou artimanha do maligno.  

3. Exemplos bíblicos da palavra da ciência. Ao profeta Eliseu foram revelados os planos de guerra do rei da Síria. Quando o rei sírio pensou em atacar o exército de Israel, surpreendendo-o em determinado lugar, o profeta alertou o rei de Israel sobre os planos inimigos (2 Rs 6.8-12). Outro exemplo foi a revelação de Daniel acerca do sonho de Nabucodonosor, quando Deus descortinou a história dos grandes impérios mundiais ao profeta (Dn 2.2,3; 17-19). Em o Novo Testamento, esse dom foi manifesto quando o apóstolo Pedro desmascarou a mentira de Ananias e Safira (At 5.1-11). O dom da palavra da ciência não é adivinhação, mas conhecimento, concedido sobrenaturalmente, da parte de Deus.









III - DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS


1. O dom de discernir os espíritos.  É uma capacidade sobrenatural dada por Deus ao crente para discernir a origem e a natureza das manifestações espirituais. De acordo com o termo grego diakrisis, a palavra discernir significa "julgar através de"; "distinguir". Ela denota o sentido de "se penetrar da superfície, desmascarando e descobrindo a verdadeira fonte dos motivos". Stanley Horton afirma que este dom "envolve uma percepção capaz de distinguir espíritos, cuja preocupação é proteger-nos dos ataques de Satanás e dos espíritos malignos" (cf. 1 Jo 4.1).



2. As fontes das manifestações espirituais. Ao longo das Escrituras podemos destacar três origens das manifestações espirituais no mundo: Deus, o homem e o Diabo. Uma profecia, por exemplo, pode ser fruto da ordem divina ou da mente humana ou ainda de origem maligna. Como saber? Aqui, o dom de discernir os espíritos tem o papel essencial de preservar a saúde espiritual da congregação. Segundo nos ensina o pastor Estêvam Ângelo, o "discernimento de espíritos não é habilidade para descobrir as faltas alheias". O dom não é uma permissão para julgar a vida dos outros.

3. Discernindo as manifestações espirituais. A Palavra de Deus nos ensina que os espíritos devem ser provados (1 Jo 4.1). Toda palavra que ouvimos em nome de Deus deve passar pelo crivo das Sagradas Escrituras, pois o Senhor Jesus nos advertiu sobre os falsos profetas. Ele ensinou-nos que os falsos profetas são conhecidos pelos "frutos que produzem", isto é, pelo caráter (Mt 7.15-20). Jesus conhece o segredo do coração humano, mas nós não, e por isso precisamos do Espírito Santo para revelar-nos a verdadeira motivação daqueles que falam em nome do Senhor. O apóstolo João nos advertiu acerca do "espírito do antricristo" que já opera neste mundo (1 Jo 4.3).






CONCLUSÃO



A Igreja de Jesus necessita dos dons de revelação para discernir entre o certo e o errado, entre o legítimo e o falso. Os falaciosos ensinos e as manifestações malignas podem ser desmascarados pelo dom do discernimento dos espíritos. Que Deus conceda à sua igreja dons de revelação para não cairmos nas astutas ciladas do Maligno.

Sementes do Evangelho - Parceiros.

Prezados(as) Leitores, bom dia! Que a Paz do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo seja convosco, venha ser parceiro dos nossos projetos...