quinta-feira, junho 04, 2015

A EPÍSTOLA AOS ÉFESIOS

A cidade de Éfeso
Era uma das maiores cidades do Império Romano, capital da província chamada Ásia Menor, cujo território pertence hoje à Turquia. Localizava-se às margens do rio Caístro. Entre suas construções, destacava-se o templo da deusa Diana, também conhecida como Artêmis. Os cultos ali realizados incluíam a prostituição em seus rituais. Tal edifício estava entre as sete maravilhas do mundo antigo. O templo foi incendiado no dia em que nasceu Alexandre Magno. Posteriormente, o próprio Alexandre ofereceu-se para reconstruí-lo. Contudo, sua oferta foi recusada pelos efésios, os quais reconstruíram o santuário, tornando-o mais esplêndido do que antes. Quando escreveu a primeira carta aos coríntios, Paulo estava em Éfeso. Talvez por isso, diante da grandiosidade daquela construção, o apóstolo fala sobre a igreja de Cristo, comparando-a a um edifício. Ele menciona o processo de edificação, o fundamento, os construtores e o material utilizado (I Cor.3.9-17). Mais tarde, quando escreve aos Efésios, Paulo volta a essa comparação (Ef.2.19-22).
Havia em Éfeso uma grande biblioteca e um teatro com lugares para 25 mil pessoas assentadas. A cidade possuía o principal porto da Ásia, colocando-se, assim, na rota comercial do Império. Foi construído naquela cidade um templo para a realização de cultos ao imperador romano. Hoje, existem apenas ruínas daquele grande centro urbano, entre as quais se destaca a fachada da antiga biblioteca.
 Fundação da igreja
Paulo fundou a igreja em Éfeso por ocasião da sua primeira visita, durante a segunda viagem missionária (At.18.19). Na segunda vez em que foi à cidade (At.19.1), permaneceu lá durante um período superior a dois anos. Éfeso tornou-se o centro dos trabalhos missionários do apóstolo. Naquele período, toda a Ásia Menor foi evangelizada (At.19.10). Pode ser que nessa ocasião tenham sido fundadas as sete igrejas mencionadas no Apocalipse (2 e 3).
A permanência de Paulo em Éfeso foi interrompida por uma grande perseguição. Através de suas pregações, muitos se converteram a Cristo. Com isso, o comércio das imagens da deusa Diana estava se enfraquecendo. Tomados de ira, os fabricantes de ídolos provocaram grande tumulto, tentando fazer com que Paulo fosse publicamente condenado por pregar uma doutrina que estaria "prejudicando" a cidade (At.19.21-40; I Cor.15.32). Afinal, o turismo e o comércio estavam estabelecidos sobre a idolatria. Diante de disso, Paulo se retira. Depois de algum tempo, mandou chamar os líderes da igreja de Éfeso para se encontrarem com ele em outra cidade, Mileto. Ali, Paulo se despede deles, dizendo que não mais o veriam (At.20.16-38).
Timóteo, Apolo, Áquila e Priscila trabalharam na igreja de Éfeso (At.18.18,19,24; I Tm.1.3; II Tm.4.19). De acordo com a tradição, o apóstolo João também exerceu ministério naquela cidade e ali morreu. A bíblia não confirma isso. O que temos de concreto é que João escreveu uma carta à igreja de Éfeso assim como fez a outras seis igrejas da Ásia (Apc.2.1).
 A EPÍSTOLA AOS EFÉSIOS
 Local de origem: Roma.
Data: entre 60 e 61 d.C.
Portador: Tíquico (Ef.6.21-22).
Tema: a unidade da igreja.
Texto chave – Ef.4.13.
Seqüência chave – Ef.1.10; 2.6, 14-22; 4.3-16.
Palavras e expressões em destaque: Mistério; "em Cristo"; graça; salvação; riqueza; igreja; unidade; vida; armadura.
ESBOÇO1 – A igreja e o plano de salvação – 1.1-23
Saudação – 1.1-2
A origem divina da igreja – 1.3-6.
O plano de salvação – 1.7-23.
2 – A ressurreição espiritual e a exaltação do salvo – 2.1-6.
Salvação pela fé e não por obras – 2.7-10.
Os gentios estão incluídos no propósito de Deus – 2.11-13.
Não há barreiras entre judeus e gentios – 2-14-22.
3 – Os mistérios e as revelações divinas – 3.1-13.
A oração de Paulo e o amor de Cristo – 3.14-21.
4 – A unidade dos cristãos – 4.1-16.
A vida cristã prática – 4.17-21.
Velha vida x Nova vida – 4.22-32.
5 – Valores da vida cristã – 5.1-21
Amor, pureza, luz, zelo, plenitude do Espírito.
Deveres da vida cristã – 5.22 a 6.9.
6 – A luta espiritual – 6.10-18.
7 – Palavras finais e bênção – 6.19-24.
COMENTÁRIO
A carta que hoje conhecemos como "Epístola de Paulo aos Efésios", parece ter sido uma correspondência circular destinada às diversas igrejas da Ásia Menor. Seu conteúdo não é pessoal nem trata de questões ou problemas específicos de uma comunidade em particular. Não possui saudações pessoais, como seria natural em uma carta dirigida a um grupo determinado. De acordo com os estudiosos dos manuscritos do Novo Testamento, a expressão "que vivem em Éfeso" (1.1) não aparece em todas as cópias antigas. Supõe-se então que poderia se tratar de uma carta circular e que, eventualmente, alguém tenha acrescentado essas palavras quando endereçou uma cópia para os efésios. Alguns comentaristas sugerem que essa epístola possa ser a mesma que Paulo menciona em Colossenses 4.16, quando fala da carta enviada aos Laodicenses e que deveria ser lida também em Colossos.
 Motivo de envio da carta
As igrejas cristãs estavam se estabelecendo em diversas cidades do Império Romano, começando dos principais centros, onde Paulo procurava concentrar suas atividades evangelísticas. Nesses mesmos centros, encontravam-se colônias judaicas, já que, por motivos diversos, milhares de judeus estavam espalhados por vários lugares. Eles se estabeleciam com mais freqüência nas principais cidades, como seria natural, uma vez que nesses locais se concentravam as atividades comerciais, culturais e religiosas, sendo os melhores campos para o trabalho e o enriquecimento.
Desse modo, em todos os lugares Paulo encontrava uma sinagoga e ali pregava para os judeus. Assim, apesar dos protestos e perseguições, alguns se convertiam. Logo estava estabelecida a igreja e sua formação incluía gentios e judeus. Percebe-se então uma dicotomia imediata na comunidade. Além disso, como era natural, a igreja era formada por homens e mulheres, servos e senhores, escravos e livres, ricos e pobres. Bem sabemos que esse cenário não era uma particularidade de Éfeso, mas característica comum a diversas igrejas. Essa diversidade de componentes da igreja, faz com que ela seja um organismo bastante eclético. Essa variedade se tornava, muitas vezes, causa de divisão, partidarismo, dentro das igrejas. Por isso, Paulo escreve aos efésios, tendo como principal tema a unidade da igreja. Seu foco está principalmente sobre a questão entre judeus e gentios. Por um lado, os judeus se consideravam como a "nata" religiosa do mundo. Então, os gentios eram vistos por eles como uma segunda categoria, até mesmo dentro da igreja. Os gentios, por sua vez, poderiam se sentir inferiorizados. Contudo, nas cidades fora da Palestina, os gentios eram os "donos da casa". Então, os judeus poderiam ser vistos como estrangeiros arrogantes que se achavam superiores aos próprios cidadãos do lugar.
Tudo isso nos mostra que era fácil que a igreja se dividisse internamente entre o grupo dos judeus e o grupo dos gentios. Então, Paulo insiste na doutrina da unidade da igreja. Afinal, Cristo chamou pessoas tão diferentes e as uniu em um corpo para que aprendessem o amor que supera todas as desigualdades e até mesmo ajuda a minimizá-las ou eliminá-las quando possível.
 Unidade da igreja
Paulo menciona a localização de gentios e judeus dentro do plano de salvação e da igreja. Seu objetivo é demonstrar que no corpo de Cristo, esse tipo de diferença é irrelevante. Ele tenta fazer com que seus leitores vejam que, no passado, todos eles eram pecadores (Ef.2.1-3) e que agora todos são salvos. Estes são os adjetivos que importam. Não interessa saber quem é judeu e quem é gentio. Essas verificações só serviam para dividir a igreja. Paulo diz que agora, após a conversão, ninguém era mais estrangeiro, como se tivesse um tratamento diferente dentro da igreja. Somos todos concidadãos (Ef.2.19). Dizer isso para gentios e judeus era mostrar que não mais importava o lugar onde nasceram nem a sua origem genealógica. Agora, somos cidadãos na mesma cidade, a Nova Jerusalém. Afinal, nascemos de novo. Agora somos parte da mesma família.
Precisamos deixar de lado muitos conceitos plurais, que destacam nossas diferenças, e voltar para afirmações singulares. Por isso, Paulo usa tanto a palavra "um" e seus derivados na epístola aos Efésios:
  • "de ambos (judeus e gentios) fez um" (Ef.2.14);
  • "um novo homem" – Ef. 2.15.
  • "um só corpo" – Ef.2.16.
  • "um Espírito" – Ef.2.18.
  • "unidade do Espírito"- Ef.4.3.
  • "um corpo" – Ef.4.4.
  • "um Espírito" – Ef.4.4.
  • "numa só esperança" – Ef.4.4.
  • "um só Senhor" – Ef.4.5.
  • "uma só fé" – Ef.4.5.
  • "um só batismo" – Ef.4.5.
  • "um só Deus e Pai" – Ef.4.6.
  • "unidade da fé" – Ef.4.13.
  • "comunidade" - Ef.2.12.
  • "unirá" - Ef.5.31.
  • "uma só carne" - Ef.5.31 (fala sobre o casal e sobre Cristo e a igreja).
A palavra "todos" também demonstra o desejo pela unidade ou fala de uma situação comum: 1.15; 2.3; 3.8,9,18; 4.6,13; 6.18,24
A palavra "congregar" em 1.10, a preposição "com", o advérbio "juntamente" e outros termos semelhantes reforçam a doutrina da unidade dos irmãos em torno da pessoa de Cristo. Ele é a base da nossa unidade.
"Com" - 1.15; 2.5,6; 2.16; 3.18; 4.25; 4.28 ("com o que tiver..."); 6.9.
Em 5.7, a preposição aparece mostrando "com" quem não devemos nos associar. Não existe unidade entre o cristão e o mundano. Convivência, sim. Unidade, não.
"Co-herdeiros" e "co-participantes" - 3.6.
"Juntamente" - 2.5,6,22.
"Juntas" - 4.16.
A expressão "em Cristo", bastante freqüente nos escritos de Paulo, mostra a centralidade do Senhor Jesus no plano de Deus, na igreja e na vida do cristão. Observe esta e outras expressões similares em Efésios:
"Em Cristo" - 1.1,3,6,10,12,15,20; 2.6,7,10,13; 3.11,21; 4.32.
"Em Jesus" - 4.21.
"Com Cristo" - 2.5.
Observe a relação entre 2.12 ("sem Cristo") e 2.13 ("em Cristo"), demonstrando a situação antes e depois da conversão.
 A igreja - edifício de Deus
 Continuando sua doutrina, Paulo mostra que somos parte do edifício de Deus, a igreja (Ef.2.20-22). Não podemos criar divisões, como se o tijolo quisesse ser superior à pedra, ou a areia melhor do que o cimento. Se formos fazer uma classificação por valor ou por importância na construção, veremos que, separado, cada item tem um preço diferente. Contudo, enquanto não for utilizado na obra, cada tipo de material corre o risco de se contaminar, tornar-se inútil e se perder. Depois de construído o prédio, este tem um valor único e muito elevado. Quando se pergunta o preço de um prédio, ninguém quer saber o valor da areia ou do cimento. A construção vale mais do que a soma dos valores nela aplicados. Juntos valemos mais do que separados. Juntos fazemos mais do que faríamos isoladamente.
Na construção, os elementos que parecem ser os mais fortes, encontram-se absolutamente dependentes dos que são reputados como inferiores. O cimento é visto como aquele que dá firmeza. Contudo, o que faríamos com ele se não tivéssemos a areia, que muitas vezes é vista como frágil e inconstante? Um vai suprir a fraqueza do outro e juntos vão formar o sólido concreto. A pedra poderia se gabar de ser a mais forte. Contudo, não se constrói um prédio usando apenas pedras. Os tijolos, apesar de mais frágeis, podem ser trabalhados com mais facilidade, podem ser quebrados, cortados e posicionados com mais flexibilidade. Sua fragilidade será superada pelo uso da areia, do cimento e da água. Os tijolos, para que fiquem mais resistentes, são submetidos à ação do fogo, o qual pode ser comparado às dificuldades, tribulações e sofrimentos da vida, que vão nos tornando mais fortes e mais resistentes (I Pd.4.12).
Depois de pronto o prédio, não se fala mais em areia, em cimento, em tijolos. Fala-se em um prédio. Apesar de estarem ali presentes as características de cada material, todos eles "perderam" sua própria identidade e são agora conhecidos como prédio. Até mesmo aquele ínfimo grãozinho de areia, agora é prédio. Assim somos nós na igreja. Ainda que você se veja como o menor, como insignificante, como fraco, Deus o vê como igreja, como corpo de Cristo. Nessa condição, consciente disso e vivendo de modo coerente, você estará revestido de uma armadura (Ef.6.10-18) e, mesmo sendo fraco, você será invencível "Quando sou fraco, então é que sou forte" (II Cor.12.10). As forças espirituais do mal não poderão tocá-lo (I Jo.5.18).
Quando o prédio está pronto, o que mais aparece não é o mais importante. Então, temos em posição de honra aqueles elementos que mais precisam dela e não os que já a possuem naturalmente. Deus coloca em destaque os mais humildes, enquanto que muitos que se julgam elevados, ficam encobertos. Isso não muda o valor de nenhum deles, apenas a aparência. A tinta, que até não está entre os itens fundamentais, é a que mais aparece e torna-se importante. A pedra, que é mais forte, torna-se invisível, colocada em lugares inferiores, fazendo parte do alicerce. Estaria ela esquecida? Talvez sim, mas desvalorizada jamais.
Em toda construção em que se usem pedras, areia, tijolos e cimento, deverá ser usada a água, que é um símbolo da Palavra de Deus (Ef.5.26). A água não fica retida na construção. Ela não faz parte do prédio, embora seja utilizada desde o alicerce até o acabamento. Da mesma forma, a bíblia não faz parte da igreja, mas sem ela a igreja não existiria.
 Unidade e individualidade
Apesar de ser comparado a um edifício, a igreja não tem a mesma rigidez. As pedras vivas que compõem a igreja (I Pd.2.5) nem sempre querem ficar na posição e na função que receberam. O autor roga, suplica, aos irmãos de Éfeso que eles adotem uma postura de humildade, mansidão, e amor uns para com os outros. Com tantas diferenças dentro da igreja, essas atitudes eram imprescindíveis para que a igreja não se extinguisse (Ef.4.1-6).
Muitas vezes, os irmãos começam a promover disputas e contendas entre si. Isso, além de ser destrutivo, desvia o cristão de seu papel espiritual. Paulo diz que "a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso e contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais" (Ef.6.12). Se os irmãos guerrearem entre si, estarão dando trégua na guerra contra Satanás e, assim, só ele ficará satisfeito.
A unidade deve ser buscada mesmo que mediante o esforço. "Esforçai-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz" (Ef.4.3). A palavra vínculo significa nó ou tudo o que estabelece ligação. Nós, como cristãos, precisamos enfatizar os nossos vínculos acima das nossas diferenças. O mesmo Senhor, o mesmo Espírito, o mesmo batismo, a mesma fé, a mesma esperança, tudo isso são vínculos que nos unem. São os fundamentos do cristianismo. Não devemos nos separar por causa de questões tão menores do que o amor de Cristo. Seria correto uma igreja se dividir por causa da forma de culto, ou por causa do tipo de roupa ou por causa da comida e outras coisas semelhantes?
Em uma família, cada membro é diferente. Contudo, não vamos dispersar o grupo familiar por causa disso.
Apesar de unidos, não somos iguais. As diferenças existem e sempre existirão. Vivemos em unidade sem anular a individualidade. Por isso Paulo fala, no capítulo 4.7-16, dos dons ministeriais: "uns para apóstolos, outros para profetas..." Não devemos confundir unidade com igualdade. "A graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo" (Ef.4.7). Afinal, a unidade existe para que as diferentes partes se auxiliem e se completem (Ef.4.16). Assim, Paulo passa a usar o corpo humano como ilustração para a igreja. Cada cristão é chamado de membro, tendo posição e função definidas.
O tema da unidade nos chama a atenção para a ajuda mútua. O tema da individualidade nos lembra da responsabilidade pessoal. A obra de Deus é missão da igreja. Contudo, cada tarefa deve estar designada individualmente, pois se um serviço é de todos, normalmente ninguém o executa.
Na igreja existem homens, mulheres, servos, senhores, etc. A doutrina da unidade poderia levar a crer que agora todos são iguais. Até certo ponto, a afirmação é correta. Contudo, Paulo, no final da carta, fala diretamente às mulheres, aos maridos, aos filhos, aos pais, aos servos e aos senhores, mostrando que cada um tem um papel definido e que a situação individual deve ser respeitada (Ef.5.22 a 6.9).
Observe os textos de Efésios que tratam da individualidade por meio da expressão "cada um" ou "uns":
Ef.4.7 - Oportunidade individual.
Ef.4.11 - Dom individual.
Ef.4.25 e 5.33 - Deveres individuais.
Ef.6.8 - Recompensa individual.
 Efésios – espiritualidade em alta
 Havendo unidade dentro dos padrões divinos, haverá ambiente para que se desenvolva a espiritualidade. Esta palavra caracteriza bem a epístola aos Efésios. Enquanto que, aos coríntios, Paulo não pode falar como a espirituais, visto que eram carnais (I Cor.3.1), com os efésios foi diferente. O apóstolo falou sobre:
  • Os mistérios de Deus – Ef.1.9; 3.3; 4.9; 6.19.
  • Lugares celestiais – Ef.1.3,20; 2.6; 3.10; 6.12.
  • A graça de Cristo – Ef.1.6,7; 2.5,7,8; 3.2,7; 4.7,29; 6.24
  • As riquezas da sua graça – Ef.1.7; 2.7.
  • As riquezas de Cristo – Ef.3.8.
  • As riquezas da glória – Ef.1.18; 3.16.
  • A armadura de Deus – Ef.6.12-17.
 A prática da doutrina
A espiritualidade deve se expressar na vida prática. Paulo tinha em mente essa preocupação. Vemos em algumas de suas epístolas essa divisão: em primeiro lugar ele fala da doutrina, depois ele dá conselhos práticos. A parte espiritual (Ef.1 a 3) se relaciona ao verbo "ser". A parte prática (Ef. 4 a 6) se relaciona aos verbos "andar" e "combater". Embora não sejamos salvos pelas obras (Ef.2.8-9), fomos designados para executá-las (Ef.2.10). A posição espiritual de qualquer pessoa vai produzir evidências visíveis. Ninguém poderia se esquivar dos ensinamentos do apóstolo dizendo que não tinha entendido a aplicabilidade de suas palavras. Depois de falar de fatos espirituais e regiões celestiais, Paulo parte para situações do dia-a-dia.

Se ele dissesse apenas que os efésios deveriam se revestir do novo homem (Ef.4.24), eles poderiam questionar o sentido dessas palavras. Mas o próprio Paulo explica na seqüência do texto, de 4.25 até 5.21: "Deixando a mentira, fale cada um a verdade." "Aquele que furtava não furte mais; antes trabalhe." "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe". "Não vos embriagueis com vinho". A seguir, o autor fala sobre as relações entre marido e mulher, pais e filhos, servos e senhores. Seu último assunto é a armadura de Deus, que é composta por convicções interiores e práticas exteriores, (fé e obras). Ele adverte que tomemos "toda" a armadura de Deus (Ef.6.11). Tomar apenas uma parte é inútil. De que adianta ao guerreiro proteger o coração e deixar a cabeça exposta? Que adiantará se, estando a cabeça e o coração protegidos, as pernas forem quebradas pelo inimigo? Assim, precisamos da verdade, da justiça, do evangelho, da fé, da salvação, da Palavra de Deus e da oração em Espírito. Se faltar um desses elementos, esta pode ser a brecha por onde o inimigo tentará nos destruir.

sábado, maio 30, 2015

A humilhação e a exaltação de Cristo


Introdução: 

A Epistola aos Filipenses contém menos advertências e mais elogio do que qualquer outra das epistolas de Paulo. É uma carta alegre, calorosa, e embora sem a comum correção paulina, de erros doutrinários, ela tem um valor imenso no ensino da necessidade de progresso e de alegria na fé. Nos anos 60-62 d.C., Paulo estava na prisão em Roma, esperando julgamento. Perto do final deste tempo, Epafrodito, um líder cristão de Filipos, chegou trazendo uma oferta daquela igreja. No caminho para Roma, Epafrodito adoeceu gravemente (Fp 2.25-27.), e, impossibilitado de retornar com seu companheiro, permaneceu com Paulo até poder terminar suas viagens. Paulo o enviou de volta a cidade de Filipos, com esta carta. 


O Tema de Filipenses pode ser encontrado no versículo 25 do capítulo 1: ".... e permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e gozo na fé." Este desejo profundo de Paulo para os crentes reflete por toda a carta. 

E nesta carta os crentes são encorajados a desenvolverem uma fé pessoal forte, que não depende de ajudar (Fp 1.27;2.12) I.e, ele os orienta a terem:

1. Progresso (Proveito).

2. Alegria. A palavra grega para alegria aparece nesta pequena epístola, 16 vezes. E traduzida como regozijo, gozo e outros sinônimos, mas a mensagem e claramente uma: a alegria constante e profunda.

3. Fé. O objeto da fé dos filipenses, Cristo, é apresentado de quatro maneiras nesta carta. Um erudito da Bíblia sugeriu a seguinte apresentação:

Ele é a sua vida "...para mim, o viver é Cristo..."Fp 1.21

Ele é seu exemplo: " Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus." Fp 2.5

Ele é seu alvo: " Prossigo para o alvo (Cristo), para o prêmio..." 3.14

Ele é sua fortaleza: "tudo posso naquele que me fortalece."

Fp 4.13 Quando lemos esta carta no seu capítulo dois a parti do versículo 3 ao 11, passamos a aprender sobre. À Humildade e Prontidão em Servi, e temos como maior exemplo a humildade integral de Cristo. Esta passagem e uma das passagens mais controversas da Bíblia, mas estudando-a cuidadosamente, podemos encontra as grandes riquezas desta passagem, tais como:

A HUMILHAÇÃO DE CRISTO: É incorreto dizer que Cristo era Deus e se tornou homem. Cristo é Deus e se tornou o Deus-homem. Esta é a importante verdade que Paulo quer esclarecer aqui nesta passagem escrita sob a inspiração divina.


1. "...Sendo forma de Deus...". A palavra traduzida "sendo", nesta frase, não é a palavra comum para "sendo", mas refere à essência de alguma coisa ou àquilo inato ao seu caráter. Note também que o verbo está no particípio presente. Não se refere, assim, a um estado passado do ser, mas a um estado contínuo. Jesus sempre foi Deus pela sua própria natureza e igual ao Pai. Jo 1.1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Jo 8.58 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. Jo 17.24 Pai, desejo que onde eu estou, estejam comigo também aqueles que me tens dado, para verem a minha glória, a qual me deste; pois que me amaste antes da fundação do mundo.Cristo, no entanto, não se apegou aos seus direitos divinos, mas abriu mão dos seus privilégios e glória no céu, a fim de que nós, na terra, fôssemos salvos. 1Jo 4.9 ;Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por meio dele vivamos.

2. "...não teve por usurpação ser igual a Deus". Primeiramente , a palavra "usurpação" torna esta frase de difícil compreensão. A palavra seria melhor traduzida como "segurar firmemente". Segundo não foi sua divindade que Cristo não manteve firmemente, mas os direitos, e honrarias desta posição.

3. "...Aniquilou-se a si mesmo...". A palavra traduzida "aniquilo-se" é em grego kenos e deve ser traduzida por esvaziar-se, geralmente usada no sentido de desapossar, difamar ou não usar. I.e., Jesus deixou de lado sua glória celestial (Jo 17.4 Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer.) sua posição; Jo 5.30 Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não procuro a minha vontade, mas à vontade daquele que me enviou. Suas riquezas; 2Co 8.9 pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela sua pobreza fôsseis enriquecidos. Esse "esvaziar-se" importava não somente em restrição voluntária dos seus atributos e privilégios divinos, mas também na aceitação do sofrimento, da incompreensão, dos maus tratos, do ódio e, finalmente, da morte de maldição na cruz. (Vs 8).

4. "...tomando a forma de servo...". Embora Jesus Cristo permanecesse em tudo divino, ele tomou sobre si uma natureza humana com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado ("Hb 4.15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como eu, em tudo foi tentado, mas sem pecado.").

5. "... fazendo-se semelhante aos homens". A palavra "semelhante" aqui não e "morfe" mas "equema". Lembre-se de que "morfe" se refere a características imutáveis, internas e da natureza . ao contrário, "squema" se refere às características mutáveis, físicas. Nisto Paulo deixa claro que Cristo é perfeitamente homem, mas sem a natureza pecaminosa de Adão.Cristo era um homem puro a semelhança de Adão antes da queda.

6. "...Morte de cruz". A Crucificação era uma morte reservada para os escravos e criminosos perigosos.Dizia-se que um homem crucificado morria mil mortes. No caso de Cristo ele morreu por milhões de Mortes; 2Co 5.21 Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.

A EXALTAÇÃO DE CRISTO( Fp 2.9-11)

Como já observamos, a regra paradoxal no reino de Deus é que ser servo conduz a elevação. Cristo demonstrou esse princípio quando voluntariamente renunciou ao exercício de Sua vontade ( Jô 6.38) e à glória que havia tido com o pai, na eternidade passada (Jô 17.5), para se tornar um servo, Deus-homem. Por causa de sua obediência, o Pai O exaltou acima de todo ser.

1. "...Deus o exaltou...". A palavra aqui traduzida "exaltou" se refere a uma exaltação supereminente; o grau mais alto possível. Ela é usada somente esta vez na Bíblia e se refere à eminência de Cristo.

2. "...Deu-lhe um nome...". Nome aqui significa "grau" ou "título" como usado em Efésios 1.21. A frase seguinte, " nome de Jesus", significa o "titulo que pertence a Cristo".

3. "... Todo o joelho, nos céus, na terra, e debaixo da terra." Este é um modo simbólico de dizer, anjos bons, homens e anjos maus caídos (Jd1.6 ) ou toda criatura vivente, ajoelhar-se-ão e confessarão que Cristo e o Senhor. Is 45.23 Por mim mesmo jurei; já saiu da minha boca a palavra de justiça, e não tornará atrás. Diante de mim se dobrará todo joelho, e jurará toda língua.

4. "...Para a glória de Deus Pai...". Dentro da Trindade não há ciúmes ou competições. Por esse motivo vemos que o Pai e glorificado com a exaltação do filho.

Conclusão: Deus planejou a salvação de toda a humanidade, demonstrando o seu amor ele enviou o seu único filho, para execultar o seu propósito de nós salvar. E hoje esta salvação esta sendo anunciada pelo Espírito Santo, então se você hoje ouvir a vós do Espírito Santo não endureça o seu coração; mas atente para esta tão grande salvação; Hebreus 2:3 : "Como escaparemos nós se não atentarmos para uma tão grande salvação? a qual começando a ser anunciada pelo Senhor foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram."

quinta-feira, maio 21, 2015


do semeador Mat.13.3-9; 18-23, Mc.4.3-9; Lc.8.5-8
do trigo e do joio Mt.13.24-30, 36-43
do grão de mostarda Mt.13.31,32; Mc.4.30-32, Lc.13.18,19
do fermento Mt.13.33; Lc.13.20,21
do tesouro escondido Mt.13.44
da pérola Mt.13.45,46
da rede Mt.13.47-50
das coisas novas e velhas Mt.13.52
do credor incompassivo Mt.18.23-35
dos trabalhadores Mt.20.1-16
da figueira seca Mt.21.18-22
dos dois filhos Mt.21.28-32
dos lavradores maus Mt.21.33-44; Mc.12.1-9; Lc.20.9-18
das bodas Mt.22.1-14
da figueira Mt.24.32
do bom servo e do mau Mt.24.45-51
das dez virgens Mt.25.1-13
dos dez talentos Mt. 25.14-30
da semente Mc.4.26-29
dos dois devedores Lc.7.41-43
do Bom Samaritano Lc.10.25-37
do amigo, importuno Lc.11.5-8
do rico insensato Lc.2.13-21
do servo vigilante Lc.12.41-48
da figueira estéril Lc.3.6-9
da grande ceia Lc.14.15-24
da ovelha perdida Lc.15.3-7, Mt.18.10-14
da dracma perdida Lc.15.8-10
do filho pródigo Lc.5.1-32
do administrador infiel Lc.6.1-13
do rico e Lázaro Lc.6.19-31
dos servos inúteis Lc.7.5-10
do juiz iníquo Lc.8.1-8
da fariseu e o publicano Lc.8.9-14
das dez minas Lc.18.11-28
da figueira Lc.21.29-36
                                       
PARÁBOLAS DO VELHO TESTAMENTO
                                               
de Jotão Jz.9.7
de Natan 2Sm.12.1-4
de mulher Tecoíta 2Sm.14.4-22
de um profeta 1Rs.20.39
de Jeoás 2Rs.14.9
de Isaías 5.1-6

de Ezequiel Ez.17.3-10; 19.2-5; 24.3-5.
MILAGRES DE JESUS
(na ordem cronológica)
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A água feita vinho Jo.2.1-11
Cura do filho de um regulo Jo.4.46-54
A pesca maravilhosa Lc.5.1-11
A cura de um endemoninhado Mc.1.21-28
A cura 3a sogra do Pedro Mc.1.30,31
A cura de um leproso Mc.1.40-45
A cura de um paralítico Mc.2.1-12
(Cafarnaum)
O homem de mão ressequido Mc.3.1-5
A tempestade aquietado Mc.4.35-41
O endemoninhado Gadareno Mc.5.1-21
A mulher que tinha um fluxo de sangue Mc.5.25-34
A filha de Jairo Mc.5.22-24,35-43
O centurião de Cafarnaum Mt.8.5-13
A cura de dois cegos Mt.9.27-31
A cura de homem mudo é endemoninhado Mt.9.32,33
A cura de um paralítico(Betesda) Jo.5.1-15
O filho de viúva de Naim Lc.7.11-17
O endemoninhado cego e mudo Mt.12.22
A l.ª multiplicação dos pães Mt.14.13-21
Andando por cima do mar Mt.14.22-32
A cura do um lunático Mt.17.l4-18
A moeda na boca dum peixe Mt.17.27
A mulher siro-fenícia Mc.7.24-30
A cura de um surdo e gago Mc.7.31-37
A 2.ª multiplicação dos pães Mc.8.1-10
A cura de um cego de Betsaida Mc.8.22-26
A cura de um cego de nascença Jo.9
A cura de uma mulher paralítica Lc.13.11-17
A cura de u hidrópico Lc.14.1-4
A cura de dez leprosos Lc.17.11-19
A ressurreição de Lázaro Jo.11
Bartimeu, o cego, curado Mc.10.46-52
A figueira seca  Mc.11.12-14,20
A cura da orelha, do Malco Lc.22.50,51

A 2.ª pesca maravilhosa Jo.21.1-14

Milagres da Bíblia - Velho Testamento

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Confusão das línguas  - Gen.11.7-9
Sodomitas feridos de cegueira - Gen.19.11
Sodoma e Gomorra destruídos - Gen.19.24,25
Mulher de Ló - Gen.19.26
A sarça ardente - Ex.3.2

De Moisés e Aarão
A vara torna-se em cobra - restaurada Ex.4.3,4
A mão torna-se leprosa - restaurada Ex.4.6,7
As águas tornam-se em sangue Ex.7.20
Rãs Ex.8.6-13
Piolhos Ex.8.l7
Moscas Ex.8.21-31
Peste nos animais Ex.9.3-6
Úlceras Ex.9.10
Saraiva Ex.9.23
Gafanhotos Ex.10.12-15
Trevas Ex.10.21-23
A morte dos primogênitos Ex.12.29
A passagem pelo meio do mar Ex.14.15-26
Os egípcios afogados Ex.14.27-31
Águas amargas tornam-se doces Ex.15.25
Maná no deserto Ex.16.13-35
Água da rocha Ex.17.6
Amalek vencido Ex.17.11
A lepra de Miriam Num.12.10-15
A morte de Core Num.16.32
A vara de Aarão floresce Num.17.8
Água da rocha em Cades Num.20.11
Serpente de metal Num.21.9
Jumenta de Balaão fala Num.22.28-31
  
De Josué
A passagem do Jordão Jos.3
Jerico destruído Jos.6
O sol e a lua detidos Jos.10.12-15

de Sansão
O leão morte Jz.14.5,6
30 homens mortos Jz.14.19
Mil homens feridos Jz.15.14,15
O templo de Dagon Jz.16.30

de Samuel
Trovões e chuva 1Sam.12.18
A morte de Uzá 2Sam.6.7

De Elias
A seca 1Rs.17.1
A farinha e o azeite 1Rs.17.l4-16
O filho da viúva revivificado 1Rs.17.22
Sacrifício consumado 1Rs.18.38
Cem homens consumidos pelo fogo 2Rs.1-9-12
Águas  do  Jordão  divididas 2Rs.2.8
Elias elevado ao céu 2Rs.2.11

De Eliseu
Águas do Jordão divididas 2Rs.2.14
Águas saradas 2Rs.2.21,22
Águas fornecidas 2Rs.316-20
Azeite da viúva aumentada 2Rs.4.1-6
O filho de Sunamita revivificado 2Rs.4.35
A farinha purificada 2Rs.4.41
Multiplicação dos pães 2Rs.4.42-44
Naamã curado 2Rs.5.14
Geazi feito leproso 2Rs.5.27
O ferro de um machado flutua 2Rs.6.6
Os Siros feridos de cegueira 2Rs.6.l8
Um homem revivificado 2Rs.13.21
De Isaías
Ezequias curado 2Rs.20
A sombra volta atrás 2Rs.20

De Daniel
Os 3 salvos no fogo ardente Dan.3-19-27
Daniel na  cova dos leões Dan.6.10-23

De Jonas


No ventre de grande peixe Jon.1.17 – cap.2.10

Leia também os milagres de JESUS.

domingo, maio 03, 2015


ISAÍAS 40.28-30
A tradição antiga acreditava que a águia mantinha toda sua beleza e força porque tinha a capacidade de se renovar. Por isso Isaías diz que precisamos nos renovar à semelhança da águia.




A águia é umas das mais belas aves que vive 70 anos aproximadamente, mas aos 40 passa por uma difícil decisão: morrer ou se renovar de forma dolorosa.
Você já sentiu que precisa renovar suas forças? Há momentos em nossas vidas que não dá pra continuar como estamos, precisamos de uma renovação completa.
Como renovar minha vida?
Vamos comparar o processo de renovação da águia com a renovação de nossa vida:
1- Pára tudo e tira tempo para se renovar
Depois que toma esta decisão, renovar-se é prioridade. Assim a águia se renova buscando tempo e lugar para si diante de Deus.
O psicólogo Augusto Cury argumenta que a geração moderna sobre de SPA – Síndrome do Pensamento Acelerado. As pessoas são ativistas, mecânicas e não conseguem ficar paradas. Por isso muitas decisões são tomadas sem pensar.
Tempo é uma questão de prioridade. Se você quiser renovar sua vida precisa tirar tempo para isso. Deixe tudo o que está te ocupando desnecessariamente.
Você está disposto a dedicar tempo para sua restauração?
A prioridade em sua vida é sua restauração!
2- Sobe a um alto monte para estar só
Durante o processo de renovação a águia fica solitária na mais alta montanha onde está protegida e pode descansar passando pelo tratamento.
Precisamos estar acima dos problemas, ir mais alto para perto do Senhor e louvar o seu nome com Jesus ensinou “orarás a teu Pai em secreto” (Mateus 6.7).
O próprio Senhor Jesus se retirava para o monte a fim de orar a Deus sozinho e renovar sua vida de comunhão com o Pai. No alto do monte Ele foi transfigurado em glória (Marcos 9.1-8).
O monte significa um lugar acima dos principados e potestades (Efésios 6.12). Quando estiver num vale de lutas e tribulações, suba ao alto monte da oração para estar acima dos problemas na presença do Senhor e do alto, nas regiões celestiais (Efésios 1.3) contemplar as bênçãos como solução.
Você tem se retirado para oração e santificação?
Só você pode consagrar sua vida na presença de Deus!
3- SACRIFÍCIO: quebra o bico, arranca as unhas e retira as penas
A águia está envelhecida, com o bico gasto, unhas rachadas e penas desgastadas. Para se renovar precisa quebrar o bico, arrancar as unhas e penas para que nasçam tudo de novo.
Para se renovar é preciso sacrificar algo. Assim como a águia precisamos renovar nossos lábios, nossas mãos e nossa cobertura espiritual. Retirar tudo que está velho em nossa vida. Isso certamente é dolorido. Mas entre a dor do fim iminente e a dor de um processo de cura, este é a melhor opção.
Muitas vezes somos como uma criança que não quer deixar passar remédio na ferida por que vai arder. É preciso enfrentar a dor do tratamento para ser restaurado.
Como Jesus não achou difícil dispor de sua glória para suportar a cruz, sabendo do poder da ressurreição, “tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Romanos 8.18).
Você está disposto a sacrificar algo em prol de sua vitória?
Abra mão do que for preciso para receber sua bênção!
4- Espera pacientemente
A águia tem que esperar isolada por 150 dias até o processo de restauração seja completo. Durante este período não é vista por ninguém. Fica sem caçar esperando sua renovação.
Precisamos evitar o imediatismo. Estamos acostumados com coisas automáticas e muitas vezes pensamos que tudo deve ser assim. A vida é como um rio que em alguns trechos corre caudalosamente e em outros escorre rapidamente não adiantando querer apressar ou represar.
Deus em seu infinito poder teria condições de criar tudo em uma única palavra, de uma só vez, mas preferiu fazer aos poucos, gastando sete dias num processo equilibrado. Se tivesse feito tudo de uma vez seria uma grande desordem. Por isso
primeiro criou a água e depois os peixes, primeiro a terra e depois as plantas, assim cada coisa na hora e forma correta.
Tudo tem o seu tempo certo (Eclesiastes 3.1-8) e o tempo da renovação é imprescindível se queremos continuar.
Você está disposto a esperar o tempo necessário para seu tratamento?
Tenha paciência, Deus está cuidando de você!
5- Sobe acima das tempestades
Quando enfrenta uma tempestade, a águia sobrevoa acima das nuvens onde pode ver o sol e ficar livre de perigo. Ao passar a tempestade a águia volta para seu abrigo.
Assim também devemos buscar mais a Deus quando passamos por provações e junto do Senhor ter a proteção. Nada adianta ficar exposto à tempestade tentando enfrentá-la. É melhor esperar passar e depois continuar. Proteja-se durante as lutas, pois “O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente” (Salmos 91.1).
Quando enfrentar situações de conflito e tiver vontade de fugir, saia um pouco para descansar a cabeça, ore a Deus e assim estará acima das tempestades. Como Moisés quando subiu o monte, ao voltar o seu rosto brilhava (Êxodo 34.35) deste modo você terá forças para continuar de maneira equilibrada e correta sem precipitações.
Você prefere ficar no meio do tumulto ou sobrevoar acima das tempestades?
Suba acima da tribulação na presença do Senhor!
Deixe Deus renovar sua vida!
CONCLUSÃO: Salmos 103.5 "a tua mocidade se renova como a da águia"
Após este tempo de renovação, a águia está preparada para viver mais trinta anos com força e vigor de sua juventude. Se não estivesse disposta a vencer todo este tempo doloroso, sua vida chegaria ao fim precocemente.
Peça ao Senhor para renovar sua vida como a águia. Aceite passar pelos processos necessários para sua restauração. Pare e tire tempo para você, reflita sozinho sobre sua vida, dedique-se à oração e santificação, sacrifique o que for preciso, abra mão do que é desnecessário, seja paciente e saia da mediocridade subindo acima das tempestades de problemas na presença de Deus.
Sua vida será renovada pelo Senhor!

sexta-feira, março 20, 2015

AS TRES DIMENSÕES DAS BENÇÃOS DIVINAS




Pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoará com bênçãos dos altos céus, com bênçãos do abismo que está embaixo, com bênçãos dos seios e da madre. (Gênesis 49:25)







AS REGRAS PARA O USUFRUTO DAS BENÇÃOS TRIDIMENSIONAIS:

a) não deixar a alma ser impregnada de amargura, v.23a, ou seja, deve ser feita a oração do salmista, Sl 25.20 “Senhor guarda a minha alma...”;

b) a responsabilidade da guarda da alma é pessoal, Pv 4.23. Jesus, enquanto humano, tomou a iniciativa de oferecer perdão aos seus agressores;

c) deve ter a consciência de que o perdão é proporcional. Na oração-modelo, Jesus ensinou a proporcionalidade: “...perdoa-nos as ofensas, assim como...”, Mt 6.12. Ele, ainda, reiterando o assim como do perdão, disse que o nosso Pai celestial nos perdoará as nossas ofensas, se perdoarmos os que nos ofendem, Mt 18.23-35;

d) quando e se perseguido sem causa, não deve retribuir, Mt 5.11,12; e) como José, deve ter a consciência que vingança pertence a Deus, Gn 50.15-21, “pois a ira do homem não opera a justiça de Deus, Tg 1.19,20.

O CRENTE VIVENCIANDO AS “BENÇÃOS DOS CÉUS EM CIMA”

a) Ensina-nos Tiago, que “toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes...”, Tg 1.17;

b) Por esta razão, Paulo exortou aos colossenses que “buscassem as coisas que são de cima”, Cl 3.1,2;

c) Como as bênçãos de cima vêm de Deus, é necessário que estejamos em paz com Deus, como José estava: “...pelas mãos do Poderoso de Jacó, o Pastor, o Rochedo de Israel, pelo Deus de teu pai...e pelo Todo-poderoso o qual te abençoará,...”v.25;

d) Segundo o apóstolo Paulo, quem é abençoado com as “bênçãos de cima”, vive em uma dimensão que ele a chamou de “regiões celestiais em Cristo”, Ef 1.3. Longe de ser uma localização geográfica ou física, é um estado ou dimensão espiritual inalcançada pelo carnal, Ef 6.12;

e) Por isto, José não se deprimiu nem se abateu ante a maldade de seus agressores, porém, até conseguiu visualizar a maldade deles como instrumento de realização de um projeto divino em sua vida: “Deus me enviou adiante de vós a fim de conservar vossa sucessão na terra,...”, Gn 45।5,7, concluindo: “Assim, não fostes vós que me enviaste para cá, senão Deus,...”, 45.8.

O CRENTE VIVENCIANDO AS “BENÇÃOS DO ABISMO QUE JAZ EMBAIXO”

a) Segundo Jesus, o Pai celestial, como criador, as envia a todas as suas criaturas, independente do estado espiritual destas, Mt 5.45. São as bênçãos designadas como gerais, tais como a benção da reprodução humana, da submissão das criaturas ao homem, da alimentação, Gn 1.28,29;

b) Porém, há bençãos materiais especificas para aquele que teme a Deus. No Egito, enquanto a nação sofria com as pragas, o povo israelita estava livre delas, Ex 8.22,23; 9.4. A benção do livramento de acontecimentos que atingem uma população ímpia, Sl 91.9-13;

c) Normalmente, as bênçãos materiais são concedidas ao crente como resultado de uma ação divina dentro de um projeto divino específico. Jacó na casa de Labão, Gn 30.31-43.

O CRENTE VIVENCIANDO “AS BENÇÃOS DOS SEIOS E DA MADRE” OU AS BENÇÃOS DE UMA FAMILIA ABENÇOADA

a) Nesta dimensão, Jacó disse a José que ele seria ajudado pelo “Deus de teu pai”, v.25. Quando Deus falou a Moisés no monte, identificou-se, primeiramente, como “Eu sou o Deus do teu pai,...”, Ex 3.6. Ou seja, a conduta espiritual do cabeça da família, em determinado momento, serve como referência espiritual e canal de bênçãos para todos os membros;

b) Dependendo do Altíssimo, todo humano terá uma vida familiar sossegada, Sl 128; Pv 18.22;

c) Quando as bênçãos divinas vêm, até os agregados (genro e nora) são motivo de alegria, Rt 1.16,17; 4.13-16. Ao revés, quando falta benção, os agregados servem de amargura de espírito, Gn 26.34,35;; d) os descendentes são alcançados pelas bênçãos da família: Ismael, filho de Abraão, gerado fora do casamento, não foi destruído, exclusivamente, em razão de ser filho de Abraão, Gn 17.20; 21.13,17-18;

e) Finalmente, Jó é outro exemplo de que, quando as bênçãos dos seios e da madre estão presentes, a vida familiar pode ser restaurada, 42.13-15.

Sementes do Evangelho - Parceiros.

Prezados(as) Leitores, bom dia! Que a Paz do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo seja convosco, venha ser parceiro dos nossos projetos...